domingo, 5 de janeiro de 2014

(D)Eusébio



Felizmente, posso dizer que vi Eusébio jogar ao vivo. Não, não sou assim tão antigo, nem presenciei os magníficos anos 60 do mítico Benfica de Eusébio. Foi na (já) longínqua época de 1993/1994, quando me desloquei ao antigo Estádio da Luz para assistir ao jogo da consagração, uma Benfica – V. Guimarães. Antes do jogo oficial começar, e no meio da festa do título, houve um jogo das velhas glórias do Benfica e Eusébio alinhou de início, como era seu apanágio. O Pantera Negra não facturou, mas lembro-me perfeitamente do pontapé-moinho que ensaiou como resposta a um cruzamento vindo da direita e que fez a bola tirar tinta da trave da baliza. Foi mesmo à minha frente. Espectacular!  Especialmente se pensarmos que o King tinha 50 anos. O meu pai olhou para mim e disse: «Vês! Eusébio é isto! E devias ver quando ele era novo!».

Sempre tive uma enorme admiração pelo King. Se hoje sou Benfiquista, devo-o, em grande parte, a Eusébio. Lembro-me de ser muito pequeno e de gostar de jogar à bola. Um belo dia, estava eu a jogar na rua, em frente a minha casa, quando chegou o meu pai vindo do trabalho. Chegou-se a mim e deu-me uma camisola do Benfica que tinha o mítico número 10 nas costas e disparou: «Veste-a, é a camisola do Eusébio!». Vesti imediatamente a camisola…enverguei-a com todo o orgulho e fantasiei, naquele jogo entre amigos, que era o Pantera Negra. Desse dia até hoje, nunca mais deixei de vestir a camisola do Benfica.

Eusébio era um grande Benfiquista, um grande Português, um grande Desportista e um GRANDE E GENEROSO HOMEM. A prova disso é a homenagem que adeptos de TODOS os clubes estão a fazer ao King junto à sua estátua. 

Desapareceu aquele que é o jogador mais emblemático a vestir a camisola do Benfica e o melhor jogador português de todos os tempos. Desapareceu, mas não morreu! Isto porque os Deuses não morrem e (D)Eusébio viverá para sempre nas nossas memórias.




Descansa em Paz eterna Pantera Negra do Benfica!

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