domingo, 26 de janeiro de 2014

Benfica - Gil Vicente: mais e menos



Tal como previsto, JJ aproveitou para rodar a equipa e dar minutos aos jovens e menos utilizados e deu-se bem! Foi, de facto, uma exibição agradável da equipa, que nem sequer permitiu que o Gil fizesse um único remate à sua baliza no jogo todo, o que deve ser quase inédito!

Vamos aos mais de menos:

André Gomes – ontem conseguiu mostrar toda a sua qualidade, com presença e autoridade no meio campo encarnado; tem ainda muito caminho por percorrer, especialmente em termos de intensidade de jogo e no capítulo da decisão no momento do passe, mas nota-se perfeitamente que o talento e a capacidade física estão todas lá; agradável surpresa nas bolas paradas; espero que não seja verdade a notícia que o dá como vendido ao Jorge Mendes por 15 milhões de €uros, pois, apesar de ser uma quantia assinalável, o Benfica tinha aqui uma hipótese dourada de conseguir ter um miúdo da formação com plenas hipóteses de se afirmar no onze a curto/médio prazo;
R. Amorim – mais uma boa exibição do médio português que mostrou que pode ser opção muito válida para os muitos compromissos que aí se avizinham; criterioso a defender, teve muito bem no capítulo do passe;
I. Cavaleiro – nota-se perfeitamente o crescimento do extremo português; rápido, desconcertante e intenso; merece plenamente ficar no plantel em detrimento de O. John;
B. Silva; H. Costa e Cancelo – os três miúdos entraram para jogar poucos minutos, mas todos eles deram nas vistas; Cancelo mostrou o seu pendor ofensivo e criou um lance de golo; Bernardo mostrou raça e intensidade e teve perto de marcar por duas vezes; H. Costa mostrou velocidade e repentismo e dispôs talvez das duas melhores ocasiões para marcar no segundo tempo (aquele toque de calcanhar para o lance da segunda oportunidade foi delicioso); têm que aparecer nestas ocasiões na equipa principal para irem crescendo.



S. Vitória – apesar de não ter tido muito trabalho, continua sem me convencer; podia ter sido expulso aos 65´por uma entrada absolutamente desnecessária que fez sobre o avançado do Gil quando já tinha amarelo; já o primeiro amarelo havia sido escusado;
Djuricic – para um jogador com tanto talento, não se admite que tenha ficado 45´escondido do jogo; quem reclama tantas oportunidades, tem que jogar mais quando as tem…

sábado, 25 de janeiro de 2014

Benfica - Gil ... e ainda o negócio Matic...



Pouco haverá a dizer quanto ao jogo de hoje, que mais não será que uma oportunidade para dar minutos aos jogadores menos utilizados e aos jovens.

Assim, espero que o Benfica alinhe com este onze e que vença o jogo.



Uma vez que não há pressão no jogo de hoje e que posso concentrar energias noutros assuntos, e tendo corrido mais de uma semana desde a saída de Matic, sinto-me agora com o distanciamento suficiente para escrever umas linhas sobre o assunto. No dia da saída, sentia-me traído e com a sensação que vendemos o nosso melhor activo ao desbarato. Hoje, já mais a frio, não penso de igual forma…Pelo menos não vejo o negócio de forma tão negativa.

Ao que parece, no Verão, o Benfica terá sido fortemente contactado no sentido de libertar Matic (entre outros jogadores). O sérvio terá querido sair para, como é evidente, ver o seu ordenado multiplicar umas quantas vezes. O presidente, sonhador como é, e ainda na ressaca do final da época passada e com uma final europeia em casa no horizonte, terá pensado: “ora bem, se temos feito boas campanhas na europa ao longo destes anos, se temos uma final europeia em casa, tenho uma oportunidade de ouro de poder vencer um troféu europeu se conseguir conservar os melhores jogadores”.  Absolutamente legítimo o pensamento do presidente! 

Nessa senda, o Benfica resistiu a vender as suas jóias da coroa, com muito esforço financeiro  - pois comprou já os substitutos para esses jogadores, como é o caso de Fejsa, Lisandro Lopez, etc.  – e terá convencido alguns dos jogadores a ficar com a meta da final da Champions no horizonte. Assim, passar aos oitavos da Champions tornou-se absolutamente importante em duas dimensões: por um lado, pelo encaixe financeiro que significava, por outro, por ser a meta que conservaria aqui alguns jogadores já tinham manifestado a vontade de sair no Verão.

Falhado o objectivo Champions, o presidente percebeu imediatamente que teria que vender jogadores e, para que a surpresa não fosse grande na nação benfiquista, anunciou saídas logo no Natal. Neste aspecto, creio que o presidente não terá estado tão bem, até porque anúncios desses dão a sensação de um clube em dificuldades financeiras, o que enfraquece a respectiva posição negocial na venda dos jogadores…

Prosseguindo, Matic era um dos jogadores mais apetecíveis para os grandes tubarões europeus e, perante toda a conjuntura que descrevi, tornava-se difícil manter o sérvio, até porque Mourinho estava à espreita: conseguiu, no boxing day, vitórias importantes que o lançaram definitivamente para a luta do título e tinha falta de um médio como Matic para segurar a parte defensiva do meio campo (Obi Mikel e Essien não dão as garantias necessárias para uma forte candidatura ao título) . Assim, juntou-se “a fome à vontade de comer” e Matic foi hipnotizado por Mourinho, tal e qual são as serpentes pelo tocador de flauta…

Não havia, pois, grandes condições para manter Matic. O Benfica recusava a saída e ficava com problemas financeiros e com um activo possivelmente contrariado, com tudo o que isso implica.

E quanto ao valor? 25€ milhões é muito ou pouco? 

Bem, para mim, o valor de Matic no futebol mundial actual é bem maior que 25€ milhões! Na minha opinião, não vejo por aí muitos médios com a mesma capacidade de Matic, que junta a capacidade defensiva ao fulgor ofensivo. Porventura, só encontra par em jogadores como Arturo Vidal ou Pogba, que não estarão à venda por valores dessa ordem… No entanto, dado o circunstancialismo que descrevi supra e tendo em conta que o valor foi pago foi inteiramente para o Benfica (o Benfica não teve que pagar os 5% ao clube formador e comissões a empresários, o que é habitual) e o valor foi pago a pronto, poderá ter sido um negócio bem aceitável. Na verdade, quando ouvimos, por exemplo, que Falcão foi comprado por 40 milhoes, não nos esqueçamos que 5% desse valor vai para o clube que o formou, depois haverá que pagar uma gorda comissão ao seu empresário, sendo que o remanescente será recebido faseadamente (isto se o clube que o comprou realmente pagar nos prazos acordados…). O valor que o Benfica recebeu foi a pronto e “limpo”. Com esse encaixe, certamente que evitou ter de financiar-se a curto prazo, com as taxas de juros usurárias que andam para aí…

All in all, foi um bom negócio! Agora, desportivamente, foi muito mau para o Benfica e disso ninguém tenha dúvidas…

Quanto ao Matic propriamente dito, a minha opinião não mudou: estou-lhe grato pelo muito que jogou com a nossa camisola, mas continuo a achar que foi uma pequena traição sair nesta altura do campeonato. Se Matic é um grande jogador, deve-o, quase exclusivamente, ao Benfica e nós precisávamos dele nesta altura em que estamos à frente na luta pelo título! Dizem que o “comboio da vida não pára duas vezes na mesma estação”, mas, neste caso, não tenho dúvidas que Matic, mesmo dando agora uma nega ao Chelsea, no próximo Verão não lhe faltariam hipóteses para jogar ao mais alto nível! Se fosse um verdadeiro Benfiquista, ficaria até ao fim da época…Todavia, hoje em dia, é raríssimo encontrarem-se atletas com esse amor aos seus clubes…

Apesar de tudo, desejo-lhe a maior sorte e gostava de o ver, um dia, de volta e a vestir o nosso manto sagrado. 

Carrega Benfica, só faz falta quem cá está!  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Benfica - Marítimo: mais e menos



Uma vitória tranquila no jogo de ontem na Luz. Confirmou-se a presença de Fejsa no onze e a subida de forma de Rodrigo.


Sem mais delongas, vamos aos mais e menos:

Rodrigo – o hispano-brasileiro está em grande forma e finalmente a justificar a inclusão no onze; dois golos plenos de oportunidade; a jogar com esta intensidade e produtividade, talvez merecerá a titularidade em detrimento de Lima, nos jogos em que a equipa jogue com apenas um ponta-de-lança; é um avançado mais “leve” que “tanque Lima” e, por isso, talvez seja mais difícil para ele jogar sozinho num 4x3x3 ou 4x2x3x1, mas poderá ser útil em certas alturas do jogo, como num momento em que o Benfica jogue mais em contenção e saídas rápidas para o ataque.
Oblak – tenho que destacar o esloveno que demonstrou, uma vez mais, segurança na baliza e, desta vez, teve trabalho e fez 2/3 boas defesas no jogo; o que mais me está a impressionar são as intervenções fora dos postes, onde a maior parte dos guarda-redes claudica; está a fazer-se um belo guarda-redes e parece-me que está bem incorporado com a restante equipa;
Gaitán – agitou muito o jogo do Benfica sempre que a bola lhe chegava aos pés; fundamental no lance do 1-0, foi polvilhando o jogo com pequenos momentos de magia; foi perdendo influência e fulgor com o passar dos minutos, um mal que, diga-se de passagem, foi geral.
Markovic – destaco também o sérvio por estar agora mais perto daquilo que pode render no Benfica; é um desequilibrador nato que, quando tem a bola nos pés, consegue pôr a defesa adversária em sentido; ontem voltou a estar bem nos dois aspectos do jogo: ofensivo e defensivo.



Lima – mais uma exibição abaixo daquilo que sabe e pode fazer; está completamente desastrado no capítulo do remate, o que denota o momento de ansiedade por que atravessa; precisa de acalmar e fazer uns golos de bola corrida…e cuidado, pois Rodrigo está à espreita…

domingo, 19 de janeiro de 2014

Benfica - Marítimo: prognóstico do jogo


O jogo de hoje será o primeiro da era pós-Matic. Noutras alturas, também perdemos jogadores importantes e sempre soubemos sobreviver a essas perdas . De resto, Matic fez-se jogador depois do Benfica ter perdido Javi e Witsel num final dramático de defeso! Quem sabe se não será a vez de outro grande jogador surgir...

Para já, tenho para mim que a opção de substituir Matic recairá noutro sérvio: Fejsa. São jogadores bem diferentes, pois Fejsa é um jogador de cariz mais acentuadamente defensivo e não consegue ser o pêndulo que Matic era no Benfica. Poderá, no entanto, com mais minutos de utilização (e com uns valentes puxões de orelhas do JJ) começar a dar outra dimensão ao seu futebol e deixar de fazer um jogo "curtinho" como tem vindo a fazer. Quando digo "curtinho" é no aspecto de chegar muito pouco à frente e no sentido de pouco arriscar no passe e na condução de bola (onde Matic era muito forte). Vamos ver se consegue aguentar o meio campo a dois (com Enzo) ou se jogar com Fejsa será sinónimo da necessidade de incluir mais um companheiro no miolo, para ligar mais o jogo entre a defesa e o ataque (R. Amorim).

O Benfica em casa tem cedido poucos pontos, mas, curiosamente, tem passado maus bocados em jogos onde é claramente favorito: quem não se recorda do jogo louco com o Gil Vicente ou do empate com o Arouca. Assim, espero que não haja complacência por parte dos jogadores e que entrem determinados para trazerem mais três pontos, até porque o Marítimo tem uma boa equipa que esta semana foi dar "água pela barba" ao sporting em alvalade.

Carrega Benfica, vamos p´rá vitória!!!


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Benfica - Leixões: mais e menos



Ontem foi um jogo típico de Taça da Liga, em que o Benfica fez alinhar 11 suplentes perante uma equipa do futebol secundário que fez um jogo agradável na Luz. No final, objectivo cumprido, com a vitória e qualificação para a próxima fase. Outro objectivo do jogo seria o de dar minutos aos menos utilizados e perceber se são opção para os jogos mais a doer que aí vêm, mas não há grandes revelações.

O jogo até começou por prometer, com um Benfica a entrar forte, rápido e pressionante. O. John, numa bela jogada, consegue um cruzamento para F. Mori que deu o primeiro sinal de perigo. Parecia que íamos ter um Benfica de alta rotação e finalmente iríamos ver o extremo holandês ao nível do ano passado. Nada de mais errado…

Rapidamente o Benfica passou para um jogo mais lento e aborrecido e, naturalmente, a dinâmica perdeu-se… O. John voltou ao lento-lentinho que tem sido esta época, Djuricic tem bom toque de bola, mas pareceu sempre desenquadrado do jogo, I. Cavaleiro e F. Mori estavam algo trapalhões com a bola.

O golo lá chegou através de Djuricic, que mostrou todo o seu desagrado pela sua situação no Benfica e “protestou” através do não-festejo do golo. Valeu-lhe uma rica reprimenda do capitão Amorim – muito bem, Ruben!

O jogo depois foi bastante aborrecido, com alguns “safanões”, normalmente protagonizados por I. Cavaleiro que acabou por justificar o seu primeiro golo na equipa principal do Benfica.

Nota ainda para JJ, que conseguiu dar mais um puxão de orelhas a O. John por estar a jogar a passo e conseguiu desmoralizar mais Djuricic, ao tirar o sérvio com cerca de 60 minutos de jogo decorridos. A cara do sérvio no fim do jogo dizia tudo… se JJ não conta com ele, talvez será melhor emprestar ou vender, até porque o sérvio deve ter um ordenado elevado…

Isto dito, vamos aos mais e menos:


R. Amorim – o “capitão” mostrou a sua autoridade em campo em diversos sentidos, ora colocando em ordem Djuricic, ora ditando leis no meio campo; foi dos melhores do Benfica.
I. Cavaleiro – mereceu o golo que fez, mas ainda tem muito para crescer; ainda não percebi bem se é a extremo que rende mais ou se, porventura, não renderá mais a segundo ponta-de-lança, dado o seu faro para o golo; uma coisa é certa: Cavaleiro tem muito potencial e, com O. John a jogar como está, é preferível apostar no português.


S. Vitória – não gostei da exibição do central ex-Estoril; falhou alguns passes e esteve algo inseguro perante o avançado do Leixões; não me parece preparado para ser alternativa aos centrais titulares.
O. John – penso que acima está tudo dito…como diria Gabriel Alves: “Lá vai o rapidíssimo Lentini…”…John é rapidíssimo, mas joga muito “Lentini”.
Artur – o que foi mesmo aquilo?!?! O que vale é que o avançado do Leixões não estava a contar com tamanha oferta e decidiu devolver a bola ao Benfica… Banco é o que o aguarda…
 Fejsa – não fez um mau jogo, mas destaco por estar a milhas de Matic; não tem a mesma capacidade defensiva e, então, ofensivamente nem se fala…já tenho saudades de Matic!


Nota final: será que os olheiros do Benfica viram o jogo? E aquele miúdo do Leixões, o Anderson, que fez um jogaço! Olhem que é trinco e só tem 19 anos... fez-me lembrar W. Carvalho. Não seria de aproveitar, até porque o Leixões está mal financeiramente, e por tuta e meia trazia-se um jogador com potencial?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Benfica - Leixões: a vez dos "reservistas" e jovens

Contra aquilo que é habitual, hoje não me atrevo a adiantar o onze do Benfica para o jogo de logo, pois, por um lado, temos a rotatividade típica de um jogo de taça da Liga e, por outro, temos a incerteza da permanência no plantel de vários jogadores.

Não sou daqueles que despreza a taça da liga por absoluto, pois, na minha óptica, todos os títulos são para serem ganhos. No entanto, olho para esta competição como uma oportunidade de fazer rodar o plantel e dar minutos a jovens e jogadores menos utilizados, especialmente nos jogos da fase de grupos.

Nesse sentido, gostaria de ver em campo jogadores como Jardel, A. Almeida, Sílvio, André Gomes, R. Amorim, Djuricic, Sulejmani e Funes Mori. Também seria bom dar minutos a Fejsa, o sucessor de Matic no Benfica, que precisa de ganhar ritmo e entrosamento. Para estes jogadores, jogos como este deveriam ser encarados como uma oportunidade de mostrar serviço, pelo que deveriam estar motivadíssimos para jogar estes jogos. No entanto, a experiência tem-nos ensinado que não é bem assim e que muitas mexidas no onze costumam terminar em desgraça nestes jogos, o que não seria absolutamente dramático no presente caso, por o Benfica ainda dispor de mais um jogo caseiro na fase de grupos

Com efeito, optaria, talvez, por um misto de jogadores titulares e outros reservistas, num estilo meio por meio para que não se perdesse, por absoluto a identidade da equipa.

Do outro lado vai estar uma equipa da segunda divisão... Todavia, não nos podemos esquecer que se trata de um histórico do futebol português e de uma equipa que é sobejamente conhecida por ser aguerrida e lutar sempre por cada resultado, independentemente de contra quem joga e independentemente das dificuldades que o próprio plantel atravessa. Para mais, conta com uma massa adepta que, excluindo 4 ou 5 clubes neste País, deverá ser das mais fiéis. Recordemo-nos, por exemplo, que o Leixões foi a última equipa a vencer no estádio do dragão para o campeonato, numa época em que, creio, acabou por descer de divisão. É um aviso, para que nessum dorma logo à noite.

Carrega Benfica, vamos carimbar, desde já, o passaporte para os quartos!

 P.S. - tenciono escrever, a breve prazo, algo sobre Matic...encontro-me a aguardar a confirmação da transferência, com o respectivo valor, para tomar uma posição definitiva.