segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Benfica - Nacional: mais e menos



Depois do jogo de ontem, parece-me que se poderá dizer que o Benfica levou de vencido o Nacional com inteira justiça, porém sem deslumbrar.

A verdade é que o Benfica apresentou um futebol bem melhor que aquele que vinha apresentando nos últimos jogos, no entanto continua longe daquele futebol rápido e enleante que o vimos praticar na época transacta. 

Não será alheio ao facto do Benfica ter jogado melhor o Nacional ter-se apresentado com uma equipa ofensiva, que procurou pressionar o Benfica bem lá na frente e sem se fechar muito no seu meio campo. Manuel Machado talvez tenha sido arrogante, pois sabe melhor que ninguém que as grandes dificuldades do Benfica existem no seu momento ofensivo, quando a outra equipa está posicionada defensivamente. Quando é dada  a possibilidade ao Benfica de criar lances em contra-ataque, normalmente as equipas têm mais dificuldades perante os seus avançados rápidos e/habilidosos. 

O jovem I. Cavaleiro foi a grande novidade no 11 de JJ e foi uma aposta ganha, na medida em que trouxe intensidade e verticalidade aos flancos. Rodrigo também foi novidade e procurou ligar o meio campo ao ataque, porém, sem grande sucesso. Enzo e Matic funcionaram melhor, Cardozo continuou com o pé quente e Gaitán apareceu em grande na segunda-parte. Ingredientes que foram suficientes para bater o Nacional.

Vamos aos mais e menos:

Cardozo – sempre Cardozo! Mais um golo e uma assistência. É, neste momento, o jogador mais influente do Benfica. Não fora aquela enorme perdida de pé direito na 1ª parte e teria sido uma exibição fantástica;
Enzo – continua a mostrar o quão é importante na manobra da equipa, quando joga pelo meio; deixou tudo em campo, mais uma vez, e foi desequilibrador através do transporte de bola;
Gaitán – depois de ver a 1ª parte, pensei que seria mais um jogo do Gaitán 2013/14; porém, a reentrada em campo veio desmentir o meu pressentimento: um pontapé perigoso, uma assistência e alguns toques de classe durante o segundo tempo; está a subir de forma;
Ivan Cavaleiro – parece um cliché dizer bem do miúdo, mas o que é facto é que mostrou ter raça, vontade, INTENSIDADE (que parece uma palavra desconhecida no vocabulário de Ola John) velocidade e bons pés; falhou em alguns lances, algo que é perfeitamente desculpável para um atleta de 20 anos que fez agora a sua estreia a titular.


Rodrigo – desde o famoso jogo em S. Petersburgo que o hispano-brasileiro vem desiludindo e ontem não foi excepção; sempre com muita entrega ao jogo, foi coleccionando más opções, tanto de remate como de passe, até se apagar completamente no jogo; não parece ser um substituto à altura de Lima;
Matic – a exibição do jogo com o Nacional foi melhor do que as que tem feito, mas apenas coloco o Sérvio em destaque porque sei que é capaz de muito mais do que fez ontem, especialmente durante o 1º tempo, quando errou alguns passes e ligou o complicómetro; subiu de rendimento na 2ª parte, porém não para o nível que nos habituou.
Ola John – pouco tempo em jogo, mas o suficiente para ter tido um par de boas jogadas que não deu o melhor seguimento, isto pela displicência que já lhe é habitual.

Sem comentários:

Enviar um comentário