segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cinfães - Benfica - Mais e Menos


Depois da vitória de Sábado frente ao aguerrido Cinfães, fico com a mesma sensação que o Benfica me tem deixado consecutivamente após (quase) todos os jogos realizados esta época: mudam os intervenientes, mas a equipa continua amorfa, sem velocidade e ideias, não criando claras oportunidades de golo ou bom futebol.
Se é verdade que o Benfica jogou com uma equipa a fugir para o "B", não será menos verdade que, ainda assim, estávamos obrigados a jogar mais contra uma equipa que milita nos distritais. Mesmo a nossa equipa "B" tem categoria e talentos individuais que deveriam chegar e sobrar para levar de vencida esta "simpática" equipa de Cinfães de forma fácil. 

Vamos aos Mais e Menos:

Oblak - Apesar de não ter sido uma tarde de grande trabalho, mostrou confiança e personalidade entre os postes; não me vou alongar sob pena de estar a fazer futurologia, mas parece-me que temos guarda-redes;
Lindelof - Não acompanho as críticas que os comentadores televisivos fizeram ao Sueco durante o jogo; gostei da exibição, que esteve bem acima do seu companheiro de sector; certo a defender, não arriscou no passe, fruto da juventude e do peso da estreia;
Ivan Cavaleiro - Boa estreia na equipa titular; faltou apenas um golo - que merecia - pelo desempenho em campo; é um jovem que promete muito pela velocidade, toque de bola e inteligência na movimentação; foi posto a jogar na ala, mas gostaria de o ver atrás do ponta-de-lança, onde me parece que também poderá render bem no esquema habitual do Benfica;
Ola John - pelo golo que fez e por meia dúzia de arrancadas que comprovam que o extremo, quando se aplica, é desconcertante para as defesas; é na esquerda que me parece ser o seu habitat natural, ora com movimentos para o meio, onde aplica o remate, ora com fintas para a ala, onde efectua bons cruzamentos com o pé esquerdo; no entanto, e à imagem de outros jogos, parece muitas vezes alheado do jogo, o que deve irritar profundamente JJ; pode ser que o golo o desperte para ser o desequilibrador que foi a espaços na época transacta.

 
Ruben Amorim - demasiado complicativo, com muitos passes falhados; passou ao lado do jogo;
Bruno Cortez - para mim, cada vez mais uma certeza: é tão incapaz a atacar como a defender; não compreendo o rótulo de defesa esquerdo que "ataca bem", pois, nos jogos todos que o vi actuar, recordo-me de apenas dois ou três bons lances ofensivos; neste jogo não vi nenhum lance ofensivo que mereça destaque; a defender é aquilo que todos conhecemos, embora neste jogo em concreto não tenha comprometido.
Djuricic - revelou a incapacidade habitual em “entrar no jogo”; sinceramente, creio que o não aparecimento do Sérvio se deve à posição que ocupa no esquema do Benfica: joga como um segundo ponta-de-lança, quando me parece que está na sua génese jogar um pouco mais atrás, a 10 clássico ou a 8 e ½; Djuricic precisa de bola no pé e tempo para pensar a jogada, o que faz com que tenha que recuar no terreno, pois na posição que tem ocupado, quando recebe a bola está já com um adversário a respirar-lhe no pescoço, o que faz com que o Sérvio não tenha tempo e espaço para libertar o seu génio; também me parece que está um pouco lento e que isso faz com que seja desarmado facilmente.
Funes Mori – Não acompanho JJ nos elogios; não entrou no jogo e, nas poucas ocasiões que teve para poder causar perigo, ou chegou atrasado ou não deu seguimento ao lance da melhor forma, o que poderá dever-se ao facto do argentino vir de lesão, pois já vi outros jogos realizados por Funes Mori na “B” onde o jogador demonstrou ter talento e acutilância.


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