Felizmente, posso dizer que vi Eusébio jogar ao vivo. Não,
não sou assim tão antigo, nem presenciei os magníficos anos 60 do mítico
Benfica de Eusébio. Foi na (já) longínqua época de 1993/1994, quando me
desloquei ao antigo Estádio da Luz para assistir ao jogo da consagração, uma
Benfica – V. Guimarães. Antes do jogo oficial começar, e no meio da festa do
título, houve um jogo das velhas glórias do Benfica e Eusébio alinhou de
início, como era seu apanágio. O Pantera Negra não facturou, mas lembro-me
perfeitamente do pontapé-moinho que ensaiou como resposta a um cruzamento vindo
da direita e que fez a bola tirar tinta da trave da baliza. Foi mesmo à minha
frente. Espectacular! Especialmente se
pensarmos que o King tinha 50 anos. O meu pai olhou para mim e disse: «Vês!
Eusébio é isto! E devias ver quando ele era novo!».
Sempre tive uma enorme admiração pelo King. Se hoje sou
Benfiquista, devo-o, em grande parte, a Eusébio. Lembro-me de ser muito pequeno
e de gostar de jogar à bola. Um belo dia, estava eu a jogar na rua, em frente a
minha casa, quando chegou o meu pai vindo do trabalho. Chegou-se a mim e deu-me
uma camisola do Benfica que tinha o mítico número 10 nas costas e disparou: «Veste-a,
é a camisola do Eusébio!». Vesti imediatamente a camisola…enverguei-a com todo
o orgulho e fantasiei, naquele jogo entre amigos, que era o Pantera Negra.
Desse dia até hoje, nunca mais deixei de vestir a camisola do Benfica.
Eusébio era um grande Benfiquista, um grande Português, um
grande Desportista e um GRANDE E GENEROSO HOMEM. A prova disso é a homenagem que adeptos de TODOS os clubes estão
a fazer ao King junto à sua estátua.
Descansa em Paz eterna Pantera Negra do Benfica!
Sempre eterno Eusébio, descansa em paz
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