terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Benfica - Vitória de Guimarães: mais e menos

Missão cumprida! Mais três pontos rumo ao objectivo título.

Apesar da vitória, o Benfica fez um jogo cinzento, que foi iluminado a espaços pelo brilhantismo de Markovic e algumas arrancadas de Rodrigo.

Um Vitória de Guimarães muito bem posicionado dificultou muito a tarefa à turma da Luz e só um momento de inspiração dos dois atletas supra identificados logrou alterar o marcador que teimava em não avançar.

No geral, o Benfica foi melhor que o Guimarães, tendo causado muito mais perigo junto da baliza adversária, mas é também um facto que a equipa da cidade berço causou mais embaraços defensivos ao Benfica que todos os seus últimos adversários, o que se pode verificar, por exemplo, pelo número de remates. Espero que o bom posicionamento do Guimarães se mantenha, pelo menos, mais uma jornada, pois, se assim for, não estou a ver o porto a passar incólume pelas terras de D. Afonso Henriques.

O momento do golo é absolutamente mágico e premiou uma exibição fulgurante do sérvio do Benfica, que foi, claramente, o melhor em campo ontem.

Uma última nota para o regresso de Salvio ao relvado da Luz: o argentino faz muita falta ao Benfica e a presença dele servirá para aumentar o leque de opções nas alas; contudo, ontem notou-se a falta de ritmo de jogo; não sei até que ponto não seria produtivo fazer Salvio rodar 1 ou 2 jogos na B.

Isto dito, vamos aos mais e menos:

Markovic – pois claro; o sérvio brindou os seus adversários com velocidade, finta e controlo de bola; é, com toda a certeza, o mais rápido jogador da liga portuguesa com a bola nos pés, sendo que alia à velocidade um controlo de bola brilhante e ontem foi um autêntico quebra-cabeças para o Guimarães; não fora o árbitro ser generoso e, aos 45´, já teria arrancado a expulsão do defesa esquerdo do Guimarães; golo mágnifico a coroar uma exibição fulgurante; esperemos que siga o conselho do seu compatriota Matic e que se aplique  nos treinos no sentido de melhorar o seu jogo, pois precisamos bem dele;
Jardel – Sou um apreciador do futebol do brasileiro que, tantas vezes, parece ser pouco apreciado na Luz; é um central alto, forte e, pasmem-se, rápido! Ontem, para mim, até nem foi das melhores exibições, porque, especialmente na primeira parte, até esteve mal num ou noutro lance e em saídas de bola, mas merece o destaque pela raça e capacidade de sofrimento, ao fazer os 90´do jogo depois de ter sido atingido na cabeça e isto sem nenhum receio nas bolas aéreas ou nos confrontos com o poderoso Mazoou.
Rodrigo – mais um jogo em alta rotação e sempre a espreitar o perigo; pena que tenha desperdiçado algumas ocasiões de golo; esteve brilhante nas assistências para o golo de Markovic e no falhanço de Lima perto do final.
R. Amorim – foram poucos os minutos em campo, mas a sua entrada significou logo maior clarividência no miolo; 



Enzo – sou o primeiro a elogiar o argentino, mas ontem não foi o seu jogo; estranhamente preso de movimentos, errou muitos passes e complicou em determinadas situações; houve também lances em que podia arriscar o passe de rotura, para os colegas que se desmarcavam pelas costas do autocarro vimaranense, mas optou sempre por guardar mais a bola; melhorou com a entrada de Amorim;
Sílvio – não é que tenha sido uma má exibição, porque não foi, mas tenho sempre a sensação que Sílvio acaba por jogar melhor à esquerda; esteve uns furos abaixo do que fez contra o PAOK.
Sulejmani – ontem teve a oportunidade de desafiar a titularidade de Gaitán, mas não conseguiu fazê-lo; parece-me algo pesado, o que não ajuda na hora de arrancar após a finta; demasiado complicativo em alguns momentos de finalização de que dispôs.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Benfica - Vitória de Guimarães: prognóstico do onze titular em noite de afirmação do líder?



Hoje é o dia em que podemos – e devemos – dar um salto decisivo rumo ao título! O 2.º classificado sucumbiu, em casa, perante o Estoril e cabe-nos aproveitar o deslize e consolidar o domínio evidente que temos vindo a demonstrar desde o início do campeonato, com especial destaque a partir de Janeiro.

Neste campeonato, à semelhança de outros, o Benfica não arrancou bem. A derrota com o Marítimo na jornada inaugural fazia prever mais uma época de desalento para os adeptos do Benfica. Todavia, e na verdade, o Benfica foi subindo paulatinamente de produção e percebeu-se que só por via “artificial” é que o puxavam para baixo na classificação (por exemplo, no jogo com o Sporting em Alvalade, onde sofremos um golo em fora-de-jogo e ficou um penalti por assinalar; no jogo contra o Belenenses, em que sofremos outro golo em fora-de-jogo e ficou outro penalti por assinalar; no jogo com o Arouca, em que fica um penalti claro por marcar; e até no próprio jogo com o Marítimo, onde fica um penalti por assinalar sobre Lima). Independentemente dos erros de arbitragem, o que é certo é que o Benfica ia subindo de produção e, em sentido inverso, o porto ia mantendo o seu ritmo baixo, que lhe trazia algumas vitórias, no entanto, sem convencer e, noutras ocasiões, até beneficiando de alguma ajuda externa (como com Paços de Ferreira, Guimarães). Na Europa, onde não podem contar com grandes ajudas, cedo se percebeu a “verdura” da equipa do porto, que não se classificou num grupo bastante acessível….bem como se está a ver agora as dificuldades perante uma equipa do terceiro escalão europeu…

Ou seja, percebeu-se que apenas de forma artificial o campeonato andava “disputado” entre as duas equipas, mas tudo pode mudar hoje, porque, em caso de vitória, o Benfica cavará um fosso de 7 pontos para o porto que, em condições normais, será difícil de recuperar.

No entanto, não canto já vitória, até porque já vivi o suficiente para saber como estas coisas funcionam e não tenho a mínima dúvida que o Benfica terá de jogar contra tudo e todos no que resta deste campeonato e só uma equipa forte e absolutamente focada conseguirá ultrapassar todos os obstáculos e tudo o que aí vem. 

Um conselho: foco máximo no campeonato, sem se importar com Taças da Liga, UEFAS e outras balelas… é jogar SEMPRE na máxima força para o campeonato e, nas outras competições, caberá fazer rodar a equipa. Não caiam no erro de outros anos. Quem tudo quer, tudo perde e o Benfica não se pode dar ao luxo de perder mais um campeonato que pode ficar hoje na sua mão: seria o fim da linha para JJ e, muito provavelmente, para Vieira. O Benfica tem um plantel vasto o suficiente para entrar noutras competições – que não o campeonato – com uma equipa de “suplentes” que, certamente, não envergonhará os seus pergaminhos e se JJ for eficiente na rotação da equipa – como foi com o PAOK -, até poderemos chegar bem longe nas outras competições.

Importa também não perder de vista o sporting que, se apenas falássemos de futebol jogado, sem tricas e outras coisas, é, para mim, um oponente mais valioso que o porto neste momento e que importará ter em conta.

Isto dito, vamos ao onze que me parece mais provável para o embate de logo:


Carrega Benfica, rumo à glória!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Paços de Ferreira - Benfica: mais e menos



Tal como se previa, a vitória no terreno do paços não foi fácil e só um Benfica vestido com o fato-macaco conseguiu trazer os 3 pontos.

São já sobejamente conhecidas as dificuldades que o paços coloca  às equipas grandes, especialmente nos jogos a realizar na Mata Real. O terreno mais curto que o habitual, coloca dificuldades às equipas que precisam de espaço para desenvolver o seu futebol e o jogo de ontem não foi excepção a esta regra. A juntar a esse factor, tivemos um paços de “marcha-atrás”, com quase toda a equipa atrás da linha da bola e um terreno muito pesado e difícil de se jogar.

Com todas estas condicionantes, só um Benfica lutador e de mangas arregaçadas podia levar de vencida a equipa dos castores, Benfica esse que só apareceu na 2ª parte. Durante o primeiro tempo, o Benfica nunca conseguiu encontrar o antídoto para o autocarro pacense, bem estacionado num terreno enlameado e que cedia à velocidade das investidas do Benfica. Markovic e Rodrigo perdiam bolas sucessivamente, Lima mal tocava na bola e Gaitán e R. Amorim estavam com muita dificuldade a criar jogo.

Foi na segunda metade que o Benfica entrou mais rápido e determinado e onde ficaram bem patentes as debilidades pacenses: em poucos minutos o Benfica criou mais perigo à baliza dos castores do que em toda a primeira parte. Num canto rapidamente marcado, Amorim descobriu Garay solto na área para fazer o primeiro. Foi este o momento de capital importância no jogo, pois obrigou o autocarro pacense a arrancar do estacionamento e a deixar a defesa mais destapada. E é exactamente nesse contexto que surge o segundo golo do Benfica, numa das (até aí) raras oportunidades de Markovic explorar a sua velocidade. Neste aspecto, há que destacar JJ que, minutos antes, preferiu tirar Gaitán (que até estava mais em jogo) a Markovic, talvez acreditando que este pudesse beneficiar do espaço que a defesa do paços ia agora cedendo. Ponto final no jogo, que depois se arrastou até ao fim, com o Benfica a controlar as operações.

Isto dito, vamos aos mais e menos:

Garay – eu talvez andasse em falta com os centrais do Benfica, porque não os tenho destacado nos últimos jogos, sendo que, como é evidente, têm estado em grande forma, não permitindo quase golos sofridos (nem sequer grandes jogadas de perigo na nossa baliza); o argentino fez mais um jogo ao seu nível; inteligente no lance do 0-1, soube aparecer em zona de finalização muito antes do posicionamento defensivo do paços, lance esse que viria a mostrar-se decisivo na mudança de paradigma do jogo até então;
R. Amorim – unanimemente considerado o man the match pela imprensa, parece-me justo esse reconhecimento, seja pelo trabalho defensivo, seja pela assistência no primeiro golo, seja pela recuperação de bola no segundo; não é um Enzo, mas ontem supriu bem a sua falta;
Luisão – o capitão esteve, uma vez mais, intransponível. Uma muralha que os avançados do paços nunca conseguiram ultrapassar; merece o destaque pela sucessão de bons jogos que tem vindo a efectuar;
Markovic – esteve apagado quase toda a primeira parte: errático, não segurava uma bola, não engatava um drible…mas, na única oportunidade que teve para mostrar o seu futebol, arrancou para a baliza como uma seta e finalizou a contar...afinal, no futebol, o que conta são os golos.


Limamais um jogo de muito trabalho do brasileiro, mas outra vez longe dos golos; nem de livre conseguiu assustar; denota, na minha opinião, falta de confiança e/ou tranquilidade

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Paços de Ferreira - Benfica: prognóstico do onze


4-4-2, sem truques! Não há que enganar!

Depois da importante vitória contra o sporting, temos que dar sequência à boa série de resultados, sendo que o jogo de hoje vai ser de grande dificuldade, não se enganem! O Paços pode estar mal, mas vai dar o que tem e o que não tem para ganhar ao Benfica. Ademais, trata-se de um estádio tradicionalmente difícil para o Benfica, pelas dimensões e pela forma aguerrida como jogam os castores em casa.
Quanto ao onze, penso que não deverão existir grandes mexidas face ao jogo pretérito, com excepção da forçada saída de Enzo, que deverá ser substituído por Amorim, o seu substituto natural no plantel do Benfica. A falta de Enzo vai exigir mais de Gaitán, Markovic e Rodrigo na criação de jogo. Cardozo deverá estar guardado para uma fase mais avançada do jogo.
Será preciso estar atento a Bebé, que será a grande ameaça do Paços.

Carrega Benfica!!

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Benfica - Sporting: mais e menos



Vendaval ontem na Luz!!

Mas o vendaval foi só de futebol ofensivo do Benfica, porque o clima resolveu dar tréguas.

O Benfica terá feito o melhor jogo desta época. Dinâmico, rápido e autoritário, a turma da Luz entrou com vontade de vencer e encostou, desde cedo, o leão às cordas. As situações de perigo sucederam-se até ao momento do (já merecido) 1-0, por Gaitán, após excelente cruzamento de Maxi e recuperação de bola de Feja. Rodrigo andava endiabrado e muito dava que fazer à defensiva leonina.

O intervalo chegou com a clara sensação de o resultado ser magro demais para o que se passou no campo: o sporting, armado com dois pontas-de-lança, nem sequer fez um remate à baliza do Benfica.

A segunda parte começou com o sporting a querer sacudir a pressão do Benfica e a tentar inverter o rumo dos acontecimentos, mas sempre que o Benfica acelerava, a defesa leonina tremia…e muito! Heldon era o único a tentar remar contra os acontecimentos, enquanto Rodrigo desperdiçava oportunidades de golo claras…

O 2-0 chegou num momento de inspiração de Enzo e sentenciou um jogo em que fica a clara sensação que o Benfica podia ter penalizado o Sporting com uma derrota pesada!

Isto dito, vamos aos mais e menos:


Fejsa – uma excelente exibição do sérvio no controlo do meio campo defensivo do Benfica; autoritário, soube posicionar-se e roubar muitas bolas aos jogadores do Sporting e, quase sempre, soube entregar bem a bola aos avançados do Benfica;
Enzo – um grande golo a coroar uma fantástica exibição; foi o grande transportador de jogo do Benfica, ligando sectores; apesar do pendor ofensivo, não descurou a missão defensiva, tendo estado, como sempre, aguerrido em todas as disputas de bola;
Gaitán – fez o primeiro golo e, até aí, a par de Rodrigo, era o jogador que mais agitava o ataque do Benfica; tem pormenores técnicos brilhantes; só lhe falta ser mais consequente e constante durante o jogo todo.
Rodrigo - está numa grande forma e deu grande vivacidade ao ataque do Benfica; pena que não tenha marcado nenhuma das boas oportunidades que dispôs.



Não me parece que, após a exibição de ontem, se possa destacar negativamente algum jogador, mas, apesar de tudo, achei que Markovic foi o menos inspirado do quarteto da frente, pois não deu o melhor seguimento a alguns lances prometedores, situação essa que se acentuou nos minutos finais da partida.