domingo, 30 de março de 2014

Braga - Benfica: mais e menos

O mais importante foi conseguido, mas fica uma exibição muito cinzenta perante um "remendado" Braga.

De facto, fica a sensação que um Benfica mais assertivo levaria de vencido este Braga com mais tranquilidade, todavia assim não o conseguiu fazer. O Braga entrou forte e pressionante, mas volvidos 5 minutos de jogo, o Benfica assumiu as despesas do jogo e logrou conseguir um golo cedo que trouxe a procurada tranquilidade.

Foi, porém, tranquilidade a mais: à imagem de outros jogos, o Benfica desliga os motores após a vantagem e joga em "piloto automático", num perigoso limbo que, a qualquer momento, pode redundar em perda de vantagem. Muitos ilustres "paineleiros" anunciam este novo estilo de jogo do Benfica como uma equipa mais cínica e que faz da defesa o seu forte. No entanto, parece-me a mim que esta forma de jogar não é intencional e não está na génese do Benfica. Outrossim, a "contenção" de jogo do Benfica deve-se a um menor rendimento do meio campo, onde Fejsa não consegue ser um Matic e onde Enzo tem baixado de produção nestes últimos jogos e, num meio campo a dois, e que se encontra permanentemente em desvantagem numérica perante os adversários, a fase ofensiva ressente-se e funciona um pouco aos "repelões" e ao sabor de algumas jogadas individuais dos talentos que o Benfica tem na frente. Estas dificuldades têm sido sentidas, sobretudo, nos jogos fora.

Dito isto, vamos aos mais e menos:

Rodrigo - continua a ser o jogador mais do Benfica; arrancada fabulosa no primeiro golo a comprovar o bom momento de forma; foi criterioso nas descidas no terreno e conseguiu, por vezes, fazer a ligação entre sectores que o meio campo, por si, não conseguia; chegou ao final do jogo ainda fresco e arrancou um penalti que podia ter dado a tranquilidade;
Lima - finalmente está numa série de golos; foram muitos os jogos onde andou sem faro de golo, mas parece que agora está mais confiante a aparecer nos sítios certos; incompreensível e inadmissível que não tenha sido ele a bater o penalti no final: já provou que é o melhor marcador deste tipo de bola parada e o treinador continua a permitir que os jogadores decidam ao sabor das suas vontades, em prejuízo da equipa;
Siqueira - gostei novamente da exibição do brasileiro; foi certo a defender, fechando muito bem no meio perante o irrequieto Pardo; faltou alguma profundidade ofensiva, mas penso que tal se terá devido à apatia geral da equipa na fase ofensiva.


Enzo - não esteve em campo hoje; desde cedo se mostrou "complicativo" com a bola nos pés, a segurar a bola quando devia e a errar muitos passes (com excepção de um passe fabuloso que fez nos primeiros minutos e que quase dava golo de Gaitán); depois de ter levado um toque, a sua exibição caiu ainda mais e ficou a sensação que podia e devia ter saído logo ao intervalo.
Gaitán - também não foi um dos melhores jogos do argentino, que falhou muito no capítulo do passe, o que não costuma ser habitual nas suas exibições.
Markovic - nunca conseguiu impor verdadeiramente o seu melhor atributo, que é a progressão em velocidade com a bola controlada e andou distante quase sempre do jogo; JJ esperou para tirá-lo do campo, porque, como sabemos, o sérvio tende a "sacar uns coelhos da cartola" como ninguém, mas talvez se impusesse mais cedo a entrada de Sálvio, cujas características, seriam, porventura, mais adequadas ao jogo de luta que se desenrolou no terreno de jogo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

porto - Benfica: mais e menos



Perder, dói. Perder com o porto, dói mais ainda. Todavia, tendo em conta as prioridades definidas pelo Benfica para a presente época, e na senda do que referi no post anterior, compreendo a gestão feita por JJ no jogo de ontem.

De facto, pareceu-me que JJ resistiu bem à tentação de apresentar um onze mais forte e resguardou atletas importantes para o difícil jogo de Braga, o que nos permitirá encarar esse jogo com mais disponibilidade física.

Naturalmente, apresentando o Benfica um conjunto de atletas “menos rodados” – casos de Cardozo e Salvio - e, por ventura, menos habilitados que os companheiros que substituíram – caso de Sulejmani – a qualidade de jogo ia ressentir-se, especialmente quando o jogo em causa se desenrolava no reduto de uma das equipas mais fortes da liga. 

Sem surpresas, portanto, o Benfica foi pressionado desde o minuto inicial pelo porto, que logrou marcar um golo cedo e colocar-se numa posição mais confortável para encarar o resto do jogo. O Benfica nunca conseguiu verdadeiramente impor o seu futebol e só no segundo tempo conseguiu equilibrar o domínio de jogo, ainda que tenha passado por alguns sustos nesse período. Notou-se, claramente, a inferioridade física de Cardozo, que estava incapaz de fazer uma pressão alta na defesa portista – especialmente, no verde Reyes, que ficou a sensação que abanaria perante uma pressão mais efectiva – e também a falta de acerto de Salvio e Sulejmani, que passaram ao lado do jogo. O Benfica estava inoperante ofensivamente e o meio campo do porto aparecia com superioridade na frente dos defesas encarnados, o que fez com que se passassem alguns calafrios.

Apesar de saudar a rotatividade de JJ, fiquei, no entanto, com a sensação que este mexeu muito tarde na equipa. Por exemplo, podia ter feito duas alterações, duma assentada, logo aos 60´ (ou até ao intervalo), para mudar a dinâmica do ataque, por exemplo colocando Gaitán e Lima, pois não me parece que estes jogadores ficassem “cansados” para Domingo com 30´minutos de jogo ontem, sendo certo que Cardozo se arrastava pelo campo e Sulejmani coleccionava perdas de bola. A certa altura também me pareceu evidente o declínio físico de Salvio e que Markovic podia ser importante num jogo em que havia muitos espaços...mas JJ resolveu dar apenas 10 minutos ao Sérvio que, em poucos minutos, arrancou logo duas faltas ao porto.

No final, saímos do jogo com um mau resultado, especialmente por não termos marcado nenhum golo fora, mas saímos vivos para a segunda mão, onde, quem sabe, poderemos já apresentar o onze mais forte. De resto, e muito sinceramente, parece-me que este porto só por mera sorte conseguirá segurar um Benfica a jogar na máxima força.

Isto dito, vamos aos mais e menos:

Cardozo – uma mera figura de corpo presente no jogo de ontem; não pressionava no ataque, não ganhou uma bola no jogo aéreo, falhou passas e recepções de bola; uma exibição desapontante que se poderá dever à falta de forma física.
Sulejmani – fez um jogo muito fraquinho; não é dos jogadores mais utilizados, mas tem sido um dos suplentes em que JJ mais aposta, o que não lhe permitirá usar da desculpa da falta de frescura física ou ritmo de jogo; a certa altura, parecia ter uma mola escondida debaixo da chuteira, pois a sua recepção de passes estava horrível; para esquecer.
Salvio – mais que a falta de ritmo competitivo, parece-me um jogador ansioso e com muita vontade de fazer as coisas bem e voltar a ser decisivo; precisa de arrancar uma boa exibição para acalmar e voltar ao velho Salvio pragmático e objetivo; estou certo que ainda vai ser muito importante para o nosso fim de época, mas ontem fez um jogo fraco.

Rodrigo – dos elementos da frente, era o único que dava “abanões” no jogo à medida que pegava na bola; porém, estava tão “sozinho” na frente que não chegava para as encomendas; saiu não porque estivesse a jogar mal ou porque estivesse cansado, mas para ser resguardado para Domingo;
Artur – o brasileiro teve uma exibição positiva, especialmente nas saídas a cruzamentos, área onde costuma vacilar;
Luisão – o capitão esteve, novamente, praticamente intransponível; coleccionou uma série de cortes importantes e controlou bem a ameaça Jackson; também gostei da exibição de Garay, porém não o poderei destacar estando este jogador ligado ao golo do porto.
 

quarta-feira, 26 de março de 2014

O porto - Benfica e a tentação de Jesus

Tem sido linha orientadora do discurso de JJ que o enfoque principal do Benfica é a conquista do campeonato nacional.

De facto, JJ tem promovido alguma rotatividade no escalonamento dos onzes iniciais noutras competições que não o campeonato. Noto, porém, que, à medida que se vai verificando o sucesso do Benfica nessas outras competições, a rotatividade tem sido cada vez menor, tendo culminado, neste último jogo da Liga Europa, com o Benfica a apresentar o mesmo quarteto defensivo que tinha apresentado no jogo do campeonato, sendo que, no fim-de-semana seguinte, apresentou 3 desses jogadores como titulares no jogo com a Académica.

Se a existência da rotatividade é uma novidade, já o discurso de JJ não o será: pelo menos no ano passado, o discurso da prioridade no campeonato foi usado, sendo que, como se verificou, o Benfica não operou uma verdadeira e real alternância entre os membros do seu plantel, tendo chegado à recta final de todas as competições com jogadores perfeitamente "estourados", como foram os casos notórios de Enzo Perez, Salvio e Cardozo.

Ora, chegados a esta fase da época, JJ estará, novamente, num dilema: jogar as fichas todas no campeonato ou fazer uma mini-rotatividade do plantel e tentar fazer o pleno? E para complicar a resposta que JJ dará, existem factores que o farão reflectir sobre uma questão que devia estar respondida à partida: o Benfica tem, neste momento, uma confortável vantagem sobre 2.º e 3.º classificado da Liga, o que poderá dar uma certa margem de manobra.

Perante o dilema, JJ, que certamente terá visto serem bem definidas as suas prioridades do Benfica no início da época  - conquista do campeonato - estará, agora, hesitante e perante a TENTAÇÃO de redefinir estratégias. Digam lá: seria, ou não seria, perfeito eliminar o porto nas taças, vencer essas competições, ir festejar o título ao dragão e terminar em beleza com uma vitória na Liga Europa, quiçá, contra esse mesmo clube? Apenas por escrever estas palavras cresce-me a água na boca, imagino, então, como não se sentirá JJ, que terá o inegável e humano sentimento de vingança perante o que aconteceu no ano transacto.

Pois bem, por mais aliciante que pareça esse cenário, penso que, se há alguma lição que se possa retirar do sucedido nos anteriores, será a de que, normalmente, quem tudo quer, tudo perde! Sinceramente, e até em face das sucessivas desilusões por que passaram os adeptos do Benfica passaram, não me parece que JJ - e LFV - se possam dar ao luxo de ver fugir mais um título nacional por entre os seus dedos. Seria o fim destas pessoas no Benfica...tenho poucas dúvidas disso!

Com efeito, e na minha opinião, o jogo de hoje - e por mais que nos custe perder jogos contra o porto - deveria ser relegado para segundo plano, primeiro, através dos próprios comentários pré-jogo para o exterior, onde deveria ser bem focado o relevo - ou a ausência dele -  deste jogo para os objectivos do Benfica - isto para retirar pressão aos jogadores e para minimizar um eventual efeito negativo de uma derrota - e, depois, através da escolha de um onze com muitas mexidas, por forma a ser salvaguardada a frescura física dos elementos nucleares do Benfica para o difícil jogo fora com o Braga.

Nesta senda, não compreendo a sistemática ausência de A. Almeida, Jardel, Djuricic das opções de JJ, pois podiam ser atletas com possibilidade de jogar em jogos como o de hoje. Porém, com a ausência de ritmo destes atletas, seria quase suicídio colocá-los hoje em campo. Temos, no entanto, algumas opções válidas para o jogo de hoje e que não são, actualmente, titulares, pelo que podem - e devem - ser lançados de início: Cardozo, Salvio, Sulejmani, Amorim e Sílvio.

Em suma: espero que JJ não caia em tentação e que dê o devido descanso à equipa para o importante jogo de braga, pois o Benfica tem qualidade suficiente no seu plantel para enfrentar todos os jogos - inclusive os não prioritários - com possibilidade de os vencer, alinhando, ou não, o "onze base".

Isto dito, e sabendo que a rotação da equipa não será grande, aposto no seguinte onze de JJ:




Carrega Benfica, dá-nos mais uma vitória no clássico!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Benfica - Académica: mais e menos

Uma vitória sem contestação no jogo de ontem na Luz.



O Benfica entrou bem e cedo resolveu a contenda com os dois golos do oportuno Lima. De facto, e tal como previ no post pré-jogo, a Académica que vinha fiada na colocação do "autocarro" junto à sua baliza, procurando retardar o golo do Benfica o mais possível, porém a sua estratégia cedo desmoronou com os tentos de Lima e logo se percebeu que não teria força para contrariar o futebol encarnado.

Daí em diante, foi o Benfica a gerir - eximiamente na primeira parte - a posse de bola e a controlar o jogo, sem forçar muito. Mesmo neste registo, o Benfica fez o terceiro golo e ainda atirou duas bolas ao ferro. 

Em suma, o resultado foi escasso para a diferença de valia das duas equipas no terreno de jogo.

Isto dito, vamos aos mais e menos:

Lima - os dois golos valem, por si, a distinção; o primeiro golo mostra a atitude e determinação de Lima em não dar um lance por perdido; o segundo golo mostrou o belo sentido posicional e o faro de golo numa grandíssima jogada do Benfica; trabalhou muito, como sempre, e, desta feita, felizmente marcou golos de bola corrida; pena que o guarda-redes lhe tenha negado o merecido hat-trick;
Rodrigo - mais uma grande exibição do hispano-brasileiro, plena de fulgor ofensivo; está rápido e forte, o que acaba por desgastar as defesas adversárias que o perseguem em vão; faltou um golo para coroar o excelente jogo que fez;
Siqueira - já se percebeu que o Benfica não tinha um defesa esquerdo com a qualidade de Siqueira há muitos anos; o brasileiro dá tranquilidade a nível defensivo e, ao mesmo tempo, é perigoso ofensivamente: ora em combinação com Gaitán, ora em progressão com a bola, desequilibra ofensivamente; ontem esteve perto de facturar um golo fantástico e que seria digno de entrar para a galeria dos melhores golos da Liga.
Fejsa - podia destacar muitos outros jogadores do onze do Benfica, mas gostei muito da exibição de Fejsa que mostrou autoridade no meio campo, especialmente na fase da transição defensiva.

Sílvio - não é que tenha feito um mau jogo, que não fez, mas continuo a achar que joga melhor quando actua do lado esquerdo da defesa do Benfica; defensivamente este certinho, mas ofensivamente raramente combinou bem com Markovic;
Cardozo - cerca de 20 minutos em campo e ... nada! é certo que entrou numa fase de descompressão da equipa do Benfica, mas o que é certo é que esteve sempre distante do jogo;
Salvio - o comentário a Cardozo também pode aplicar-se a Salvio, embora o argentino ainda tenha enviado uma bola ao ferro.

domingo, 23 de março de 2014

Benfica - Tottenham: notas e Benfica - Académica

Relativamente ao jogo de quinta-feira, há que dizer: não havia necessidade de tanto sofrimento!

O Benfica trouxe uma margem perfeitamente confortável de Londres e podia tê-la gerido de forma diferente. JJ apostou - e bem - na rotatividade do plantel, pois o foco principal é - como terá de ser - o campeonato. Do meu ponto de vista, a rotação apenas pecou por escassa: por exemplo, o sector defensivo manteve-se inalterado, sendo que existem boas alternativas que podiam, e deviam, ter sido exploradas: André Almeida, inexplicavelmente, deixou de ser opção para Jesus; Jardel, sempre que joga, dá boas indicações, mas o técnico não aposta nele; Vitória nem sequer tem oportunidades.

O Benfica está em muitas frentes neste fim de época e, certamente, precisará de todo o plantel com "rodagem" para enfrentar todas as competições. Se a rotação for bem feita, poderemos chegar às tão desejadas finais com os jogadores "principais" frescos, bem como com os restantes atletas com ritmo competitivo e preparados para fazerem face a qualquer eventualidade.

Deixando agora a questão da rotação, naturalmente que o jogo de quinta ia estar condicionado, quer por ter no onze inicial jogadores sem ritmo de jogo - Salvio, Cardozo, Djuricic e A. Gomes - quer pelo natural relaxamento após o resultado da primeira mão. O Benfica até entrou bem, com um golo do inevitável Garay, mas foi perdendo fulgor com o passar dos minutos e o Tottenham, ferido no seu orgulho, aproveitou para se ir chegando à frente. 

Depois de algumas oportunidades perdidas, o Tottenham fez dois golos em três minutos e deixou as coisas complicadas para nós. Valeu-nos uma grande defesa de Oblak e Lima, que fechou a eliminatória com um penalti bem arrancado e, depois, bem batido.

Resumindo: não gostei de Maxi, que foi muitas vezes batido pelos adversários, especialmente na segunda parte; não gostei de A. Gomes, que esteve sempre muito lento nas suas acções e não ajudou a segurar o meio campo; não gostei de Sulejmani, que esteve complicativo; não gostei Cardozo, que demonstrou estar absolutamente fora de forma; gostei de Garay, com mais um golo..incrível!; gostei de Salvio, que, apesar de não ter sido brilhante, já começa a regressar à boa forma; quanto a Oblak, esteve bem em alguns lances e, não tão bem noutros; vamos ter que ter muita paciência com o esloveno, já que se trata de um guarda-redes muito jovem e que, certamente, irá errar muitas vezes; oxalá o Tribunal da Luz o absolva muitas vezes, para que este jogador possa crescer e ser tornar-se num atleta de elite.

Quanto ao jogo de hoje com a Académica, não se esperam facilidades! A Académica, com certeza, virá jogar bem fechada e explorará o contra-ataque. Já tivemos dificuldades em casa esta época perante adversários a jogar desta forma: Arouca, Belenenses, Gil, etc. Será importante não desesperar se a bola nao entrar cedo e rodar bem a bola, de flanco a flanco, até encontrar um espaço para penetrar na defesa adversária, cansando o adversário que terá que correr muito sem bola.
Espero que Jesus também aproveite para dar mais alguns minutos a Cardozo e Salvio, que são dois jogadores-chave para o desempenho da equipa até final e, nesse sentido, precisam de ter competição nas pernas para poderem ser úteis.

Eis o onze que prevejo ser o titular:




Carrega Benfica, traz-nos mais 3 pontos rumo ao título!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Nacional - Benfica: mais e menos e Benfica-Tottenham: onze

Para razões de economia temporal, faço deste post um 2x1, com as incidências do jogo de segunda-feira e o de hoje.

O jogo da Madeira revestia-se de especial importância, atenta a possibilidade de ganharmos mais pontos de vantagens sobre os nossos rivais mais directos. Infelizmente, só um dos nossos rivais perdeu pontos, mas, na verdade, nem temos que nos preocupar com eles, uma vez que dependemos apenas dos nossos jogos para festejarmos o título. Aliás, não acredito que o Sporting vá fazer o pleno de pontos até ao fim do campeonato - a começar já pelo jogo complicado deste fim-de-semana - pelo que acredito que o título está (muito) mais perto e o resultado do jogo de alvalade até foi bom.

Vencemos o jogo e, atrevo-me a dizer, contra tudo e todos! O Nacional estava com a corda toda - viu-se pela forma como entrou em campo - e o árbitro estava caseirinho - talvez por força dos ventos que sopravam no estádio e que originavam de alvalade -. Uma desvantagem desde cedo não augurava um bom resultado. Todavia, com classe e esforço, o Benfica fez mais uma demonstração de força e não deixou margem para dúvidas sobre a candidatura ao 33.º.

Isto dito, vamos aos mais e menos:


Rodrigo - uma vez mais, tenho que reconhecer o erro...há uns tempos atrás, sem paciência que estava para este jogador, escrevi que deveria ser emprestado para rodar e ganhar consistência no seu jogo; quão errado eu estava! melhor, não estava errado, pois ele não jogava puto na altura, mas a verdade é que o treinador soube pegar num jogador que parcia perdido desde o jogo frio na Rússia e transformá-lo num jogador importante para a equipa; está consistente a marcar golos - e que golo aquele na Madeira!!! foi o vento, foi, ó Manel - e a desequilibrar no ataque; um Rodrigo assim já poderá valer o que pagaram por ele.
Lima - finalmente de volta aos golos em bola corrida! O brasileiro já precisava deste boost de moral: tem trabalhado muito para a equipa, mas andava divorciado do golo, o que é sempre mau para um ponta-de-lança, por mais que queiram "dourar a pílula"! Que seja o primeiro de muitos nesta ponta final.
Garay - de certeza que é central?! mais dois golos?? se com Rodrigo reconheci o erro em comentários passados, aqui tenho que colher méritos, pois, há uns tempos atrás, defendi aqui que Garay era fundamental para a equipa e que o Benfica deveria mantê-lo a todo o custo, especialmente depois de já ter realizado capital com as vendas de Matic, Rodrigo e A. Gomes. Para além da grande eficácia ofensiva que tem demonstrado, é um esteio defensivo fulcral, que raramente erra ou complica; simples e eficaz, como todos os centrais deveriam ser, não é David Luiz?


Markovic - continua a intermitência exibicional; um jogo de luxo e depois dois ou três sem aparecer...não pode ser...Salvio está à espreita.
Oblak - talvez pela primeira vez desde que assumiu a baliza do Benfica foi realmente posto à prova e o saldo não foi totalmente positivo; algumas hesitações entre outros pequenos deslizes; tem de melhorar o seu jogo de pés;
Gestão de resultado do Benfica - mais uma vez, fiquei insatisfeito com a gestão do resultado por parte do Benfica; depois do 3-1 o Benfica deixou, pura e simplesmente de atacar; não digo que se volte para aquele período em que JJ queria a equipa a marcar 4 e 5 golos por jogo, mas também não podemos adormecer tanto, pois quase que nos dávamos mal, especialmente depois do 3-2; será preciso nunca abdicar de se tentar o golo, pois uma equipa como o Benfica tem obrigação de conseguir dominar todas as equipas da nossa liga.

Isto dito, vamos ao prognóstico de onze para hoje:




 Carrega Benfica, vamos mostrar o dedo ao bife!!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Nacional - Benfica: prognóstico do onze

Em equipa que ganha, não se mexe...



Ou melhor, sai o castigado Fejsa e entrará o Amorim que, por sinal, está em grande forma: que jogaço fez em Londres...aquele passe para o primeiro golo: magistral! 

Coloco apenas Salvio como candidato ao lugar de Markovic por duas razões: primeiro, porque certamente estará mais fresco que o Sérvio, uma vez que acabou por não jogar em Londres, sendo que Markovic, se não me engano, jogou perto de uma hora; depois, o jogo com o Nacional será de luta e contará com uma equipa opositora bem posicionada o que, aliado a um campo pequeno como é a Choupana, diminuirá os espaços para o virtuosismo  e velocidade do Markovic; desta perspectiva, um jogador como Salvio, de mais luta e presença física (sendo que também conta com o virtuosismo) por ventura seria mais adequado a este jogo.
No entanto, e por outro lado, Salvio ainda não se encontrará match fit, pois, despois da lesão, ainda não conseguiu coleccionar um jogo completo, razão pela qual penso que JJ optará por não o colocar de início neste jogo e fará a aposta no Markovic.

Não será de somenos referir a importância deste jogo: é uma das três últimas deslocações do Benfica no campeonato, sendo que são precisamente esses os jogos mais complicados até ao fim...se ultrapassarmos este jogo de hoje com uma vitória, acredito que o campeonato fica muito mais perto, precisando apenas o Benfica de "cumprir os mínimos" (tradução, fazer o pleno de vitórias nos jogos em casa) para se sagrar campeão nacional! 

Acredito na vitória, mas tenho plena consciência que o Nacional vai ser um osso muito duro de roer.

Carrega Benfica, traz os três pontos da Madeira rumo ao 33.º!!

P.S. - infelizmente, por razões profissionais, não tem sido muito o tempo para escrever...tal como JJ, tenho preferido dar prioridade aos comentários aos jogos do campeonato em detrimento das outras competições! Saudações Benfiquistas. 

domingo, 9 de março de 2014

Benfica - Estoril: mais e menos

Importante vitória rumo ao título, especialmente quando conjugada com o resultado negativo do segundo classificado no Bonfim.

A entrada forte e determinada do Benfica cedo resolveu o jogo. Jogar com o bloco alto na Luz é louvável, mas normalmente dá em mau resultado: já o sporting tinha tentado a peripécia, sem sucesso e o Estoril também tentou pressionar alto e ter muita posse de bola; todavia, este estilo de jogo favorece a transição rápida do Benfica, que aproveita os seus rápidos e virtuosos avançados para explorar as costas da defesa.

Assim sendo, como foi, em 5 minutos o Benfica já tinha 2 oportunidades de golo e, num canto, acabou por materializar o ascendente. Poucos minutos depois, numa bela jogada entre Gaitán, Siqueira e Rodrigo, chegou o segundo golo e a traquilidade.

A equipa soube gerir bem o resultado durante a primeira parte e ficou a nítida sensação que podia ter chegado ao intervalo com, pelo menos, mais um golo. Na segunda parte, o Benfica viu, erradamentem um golo ser-lhe invalidado, o que daria outra traquilidade até para gerir melhor o plantel.

Neste momento, temos 7 pontos de vantagem (que até são 8, por força do confronto directo) para o segundo classificado, o que é uma vantagem confortável. Espero, contudo, que esta vantagem não sirva para se alterar a mentalidade que JJ tem empreendido na equipa: foco máximo no campeonato e rotação do plantel nas outras competições. É importante não desarmar na Liga e não "estourar" os jogadores noutras competições!

Vamos aos mais e menos:

Luisão - fez mais uma excelente exibição, coroada com um golo; é o esteio da nossa defesa e está praticamente inultrapassável; como é bom ser guarda-redes do Benfica por esta altura: o trabalho é muito pouco e isso deve-se à boa actuação da defesa que Luisão comanda.
Garay - grande exibição do argentino; rápido nas dobras, excelente na antecipação e no controlo dos avançados; grande complemento a Luisão no centro da defesa.
Fejsa - aquele amarelo na fase inicial do jogo fez-me temer por um jogo com sobressalto para o sérvio, todavia Fejsa soube controlar o seu ímpeto e, mais importante que isso, a zona central do jogo do Benfica, roubando muitas bolas e mostrando-se autoritário.
Rodrigo - foi uma exibição com altos e baixos, mas o hispano-brasileiro esteve bem com a sua forte dinâmica no jogo; conseguiu fazer o segundo golo e estebe perto de bisar com um fulgurante arranque já a meio da segunda parte; grande pulmão.
Gaitán - também foi inconstante durante o jogo, mas a bola que sai dos seus pés vai sempre "redonda" e os colegas agradecem.


Markovic - em termos ofensivos, passou ao lado do jogo o sérvio; defensivamente esteve bem, o que é de destacar;
Salvio - está a voltar aos poucos, já se sabe, mas a sua ânsia está a atrapalhar-lhe o regresso às boas exibições; colecionou alguns passes mal realizados; espero que seja titular com o Tottenham, junto com Cavaleiro, para ganhar o ritmo de jogo que tanto precisa;





Benfica - Estoril: prognóstico do onze

Eu não inventava:



Carrega Benfica, sem medos, vamos para cima deles e vamos trazer mais três pontos do jogo!!

FORÇA!!!!!

domingo, 2 de março de 2014

Belenenses - Benfica: mais e menos

Jogo pobre do Benfica em Belém, porém com o objectivo dos 3 pontos conseguido.

O Benfica entrou bem e marcou cedo, por Gaitán, num lance de excelência do argentino, que passou por vários adversários e finalizou em chapéu...um golo pleno de "nota artística", como diria JJ.

Parecia estar lançado um jogo simples para o Benfica...nada de mais errado... e não foi pela boa oposição do Belenenses; foi, outrossim, porque a nossa equipa baixou tanto a intensidade que, paulatinamente, foi perdendo o controlo do jogo, ao ponto de o ter tornado perigoso. 

Valeu, inclusivamente, o fiscal de linha ter anulado indevidamente um golo ao Belenenses, pois, se o jogo ficasse empatado naquela altura, o Benfica iria ter que subir muito a intensidade se quisesse voltar à vantagem.

Isto dito, vamos aos mais e menos:

Maxi - confirma o bom momento de forma; foi bastante mais afoito que o seu colega da lateral oposta e só por alguma infelicidade não fez o golo na primeira parte; uma boa exibição tanto no plano ofensivo, como no defensivo;
Gaitán - para além do golo fantástico, o argentino foi o grande armador de jogo do Benfica; foi muitas vezes parado com recurso à falta, pois os adversários não o conseguiam parar de outra forma; saíu completamente esgotado;
Enzo -  sem o fulgor de outros jogos, foi importante no meio campo do Benfica, especialmente na primeira parte, onde se notou mais a sua influência; foi engolido pela apatia generalizada que tomou conta da equipa no segundo tempo;



Rodrigo - pouco mais que inexistente no jogo de hoje; quebrou uma série de boas exibições que vinha realizando a titular...e olhem que Cardozo está à espreita...
Fejsa - foi por milagre que não foi tomar banho mais cedo, tal foi o número de faltas que o sérvio fez já depois de receber o amarelo; voltou a fazer um jogo muito curtinho;
Lima - também não fez um jogo brilhante, tal como seu companheiro de sector; sem espaço, só ensaiou, por uma vez, o remate...sem sucesso; está a precisar de marcar de bola corrida.


Belenenses - Benfica: prognóstico do onze, rotação e notas do jogo europeu


Penso que o onze de hoje andará perto deste que acima apresento. Fejsa e Enzo descansaram a meio da semana, o que nos garante um meio campo fresco para o jogo frente ao Belenenses. Da mesma forma, Rodrigo também estará fresco, assim como Siqueira. Por sua vez, Lima e Markovic também não deverão ter grandes problemas, pois jogaram, apenas, cerca de 30 minutos no jogo a meio da semana.

Devo dizer que estou extremamente satisfeito com a gestão que JJ está a fazer do plantel, sem repetir erros das duas últimas épocas. Há dois anos, e com o sonho de se alcançar a final da Champions, o Benfica entrou em jogos sucessivos com "a carne toda no assador" e acabou por pagar caro essa ousadia. No ano passado, e não obstante JJ referir que tinha aprendido a lição com o que sucedera no ano anterior, à medida que o Benfica ultrapassava obstáculos na Liga Europa, JJ foi rodando menos a equipa e também acabamos por pagar esse preço, como todos bem sabemos.

Este ano, porém, parece-me que a lição já estará bem assimilada e JJ está a fazer uma rotação bem mais efectiva do plantel, o que acaba por ser produtivo sob dois prismas: por um lado, os jogadores "titulares" estão mais frescos para encarar os jogos do campeonato, que é o nosso grande objetivo; por outro lado, os "outros jogadores" estão com mais minutos nas pernas e com ritmo de jogo, pelo que, caso algum dos "titulares" não possa dar o contributo, teremos "outro jogador" absolutamente preparado para jogar. 

Será importante que JJ mantenha esta linha de orientação e que não se desoriente pelo eventual sucesso que tenha na Liga Europa: o objectivo terá que ser o campeonato, que está, novamente, ao nosso alcance e não poderá cair no erro de começar a jogar com os mesmos atletas dois jogos por semana!

Nessa senda, e uma vez que ainda não abordei o jogo da Europa, devo dizer que fiquei muito satisfeito com o desempenho do Benfica a meio da semana, atendendo, especialmente, ao facto de estarmos a jogar com muitos jogadores menos rodados. Desta vez, gostei muito de Djuricic, que soube pegar mais no jogo de trás e fez nascer algumas jogadas muito importantes; Salvio mostrou estar a caminho da sua forma, com uma exibição melhor que o jogo anterior; R. Amorim continua em grande forma e a ditar leis no meio campo encarnado; Sílvio é ofensivamente desequilibrador na esquerda e afirma-se como uma boa alternativa a Siqueira. O único jogador, dos menos rodados, que não apreciei especialmente foi A. Gomes, que precisa de ganhar mais intensidade. Cardozo também esteve a um nível razoável, mas nota-se, claramente, a falta de minutos nas pernas.

Umas notas finais para Gaitán: que golo soberbo! É um jogador, de facto, predestinado para os grandes golos; e também um destaque para Markovic: já começa a ser difícil arranjar adjectivos para o craque sérvio; é uma flecha autêntica, mas com killer instinct e com magia nas botas. Se estes dois fossem menos intermitentes, tínhamos equipa para ganhar este campeonato facilmente.

Carrega Benfica, devorem esses pastéis!